Decorreu no dia 9 deste mês a primeira sessão do ciclo “Porquê aprender?”, subordinada ao tema, “Porquê aprender matemática e ciências”.

Liliana Ferreira, professora na Universidade de Coimbra, referiu o estudo da Física como modo essencial de compreender o Universo que nos cerca e no qual estamos inseridos. Referiu a esse propósito os progressos no conhecimento do infinitamente grande ao infinitamente pequeno, como a viagem fascinaste que podemos fazer, ao estudar Física. Desde a superação dos conceitos rígidos de espaço e tempo newtonianos até à revolução da relatividade de Einstein, até à ousada e complexa teoria das cordas ou à perplexidade da matéria escura, o campo exploratório é imenso.

João Gomes justificou a necessidade em estudar Ciências e no caso vertente da Biologia, para preparar os jovens para o exercício do trabalho científico baseado na dúvida metódica relativamente às hipóteses científicas, colocando em causa a força das meras convicções ideológicas ou de outro tipo. Referiu a sua prática pedagógica, ligada ao desenvolvimento de projectos para levantamento e resolução de problemas. Os alunos são levados a desenvolverem em equipa uma metodologia que procura uma a solução para um problema que possa ser testada, validando ou não dada hipótese. Criando, ainda, a noção do que é estar inserido numa comunidade científica.

O Nelson Gomes enfatizou uma dupla dimensão da Matemática. O seu carácter demonstrativo e verdadeiro enquanto sistema racional a priori e a sua presença em tudo, mormente em todas as ciências. No entanto, quanto a mim o aspecto mais interessante foi a dimensão formadora da matemática como propedêutica do pensamento abstrato e, mais interessante, o seu carácter lúdico e estimulante em face da sua harmonia estética. Ou seja, estudar matemática pelo gozo que isso traz.