L’UNESCO est née d’une interrogation sur les conditions de possibilite de faire régner dans le monde, d’une manière durable, la paix et la sécurité : elle est donc une réponse institutionnelle à une question philosophique, celle que posaient déjà l’Abbé de Saint-Pierre et Emmanuel Kant. Et aussi bien, peut-on dire, elle est ellemême une institution philosophique, puisqu’elle se propose de contribuer au maintien de la paix et de la sécurité en resserrant, par l’éducation, la science et la culture, la collaboration entre nations, afin d’assurer le respect universel de la justice, de la loi, des droits de l’homme et des libertés fondamentales, (…) soit une finalité qui engage la reconnaissance et la mise en oeuvre d’une certaine philosophie du droit, des droits de l’homme et de l’histoire universelle, par des moyens qui sont eux-mêmes philosophiques.
Sané, P. (2003). Preface. Em Vermeren, P. La philosophie saisie par UNESCO.
Paris: UNESCO.
Em 2005 a UNESCO determinou que na terceira quinta-feira de cada mês de novembro seria assinalado o Dia Mundial da Filosofia.
Subordinado a um mote que é definido anualmente pela UNESCO, este dia traduz o reconhecimento da importância da Filosofia, e do seu ensino, para o desenvolvimento de pessoas mais críticas, mais reflexivas, mais capazes de pensar a solução para os problemas éticos e políticos que preocupam as nações e os indivíduos em todo o mundo.
Após a II.ª Guerra Mundial, foi convicção da UNESCO de que a Filosofia tinha um papel moral e político fundamental. Por isso, foi considerado prioritário o apoio ao desenvolvimento do pensamento filosófico, quer criando condições para o contacto e a partilha entre filósofos quer através da publicação de livros e outros documentos que permitissem a disseminação da filosofia. Mas, foi também solicitado à Filosofia que desempenhasse um papel na consciencialização da opinião pública da importância dos direitos humanos, em particular através da consolidação do ensino da Filosofia desde os níveis mais básicos de educação
A importância do ensino da Filosofia tem sido destacada pelo papel ativo que a UNESCO tem desempenhado, promovendo cimeiras para aferir o “estado da arte” nas várias regiões do globo e tornando públicas recomendações que visam a universalização do ensino precoce desta disciplina
Em 2007, a UNESCO publica Philosophy, a school of freedom, documento onde são dadas poderosas orientações sobre o ensino da filosofia, desde o 1.º ciclo até ao ensino superior, e sobre como promover a discussão pública e filosófica de problemas relevantes para a humanidade.
Em 2011, e na sequência de uma cimeira regional sobre o ensino da Filosofia, é publicado em livre acesso (isto é, sem restrições de direitos de autor), Teaching philosophy in Europe and North America. Neste documento são avançadas recomendações para os responsáveis institucionais promoverem a Filosofia e o seu ensino, mas também são avançadas recomendações aos professores de Filosofia. De entre essas recomendações, destacam-se:
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O uso de textos clássicos da Filosofia para criar uma consciência pública dos desafios éticos que se colocam à humanidade;
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A exploração crítica de correntes filosóficas ocidentais e de outras heranças culturais;
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Uma aproximação interdisciplinar ao ensino da Filosofia, de forma a permitir a introdução de uma análise filosófica de assuntos que fazem parte dos currículos do ensino básico e secundário e uma visão interdisciplinar do conhecimento no ensino superior que alargue o alcance da Filosofia a um público mais alargado.
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