
O Trabalho filosófico: partilha de práticas sobre os temas/problemas | Quarta Edição
A Apf desafiou autores de manuais escolares a apresentar propostas de didatização de Temas/problemas do mundo contemporâneo (10º) ou de Temas/problemas da cultura científico-tecnológica, de arte e de religião (11º) das Aprendizagens Essenciais.
Este evento será proposto para acreditação para efeitos da carreira docente, pelo CFAE Beira Mar, na modalidade de formação de curta duração (6h). Esta certificação é aplicável apenas a docentes em exercício de funções no sistema de ensino português. A emissão e envio dos certificados será efetuada pelo CFAE Beira Mar, por correio eletrónico, para o endereço fornecido no ato de inscrição.
A frequência deste evento é gratuita, mas de inscrição obrigatória.
Inscrições encerradas.
António Manzarra, Elísio Gala e Elsa Rodrigues
Sessão 2 | 14 de novembro de 2022 | 21h00
Catarina Pires
Ensaio filosófico e trabalho colaborativo: jaulas vazias ou jaulas maiores? – Ao longo da minha comunicação serão apresentados e sumariamente clarificados a planificação, os critérios, as fases do processo, os recursos e as grelhas de monitorização (auto e heteroavaliação) para a produção escrita (em trabalho colaborativo com pares) de ensaio filosófico, que finalizará com uma apresentação oral e discussão entre pares. Esta metodologia tem em consideração o preconizado nas Aprendizagens Essenciais, nomeadamente, que “no trabalho oral, nas produções escritas, em trabalho colaborativo ou individual, as ações estratégicas de ensino devem ser orientadas para que o aluno desenvolva competências de problematização, conceptualização e argumentação, culminando na produção de um ensaio filosófico” (Aprendizagens Essenciais de Filosofia 11, p. 3). Assim, as estratégias e os instrumentos pedagógicos selecionados e produzidos foram pensados “de modo que os alunos, com base em critérios claramente definidos, possam tomar e negociar decisões, autoanalisar os seus processos de aprendizagem e os resultados obtidos, prestar contas do seu envolvimento no trabalho” (Aprendizagens Essenciais de Filosofia 11, p. 4). Para a concretização da tarefa, os alunos terão de mobilizar conceitos filosóficos, teses, argumentos e contra-argumentos, anteriormente adquiridos e aplicá-los à situação-problema em apreço. A proposta de trabalho, no âmbito do tema-problema da cultura científico-tecnológica A legitimidade da experimentação animal centra-se no debate abolicionismo versus bem-estarismo e terá como ponto de partida a posição do filósofo Tom Regan e um excerto da sua obra “Jaulas vazias. O desafio dos direitos dos animais” e também a Diretiva 2010/63/EU, com foco no bem-estar animal.
Sessão 3 | 21 de novembro de 2022 | 21h00
Ana Isabel Antunes
Temas Problemas, Projeto Interdisciplinar e Cidadania e Desenvolvimento
Apresentação de uma proposta de trabalho de articulação dos Temas/Problemas, o Projeto Interdisciplinar de Turma e a componente de Cidadania e Desenvolvimento promovendo as competências evidenciadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Fernanda Botelho
Não desviar o olhar dos Direitos Humanos: possibilidades de trabalho prático na sala de aula.
Ao perspetivar a sala de aula como um espaço natural de defesa dos Direitos Humanos (DH) e ao refletir sobre algumas possibilidades de integração dos DH no espaço escolar, assumo nesta comunicação um ponto de vista sobre o ensino como uma atividade profissional assente em ações deliberadas e intencionais, no sentido de promover nos alunos a aprendizagem de conceitos, competências e valores no âmbito de uma instituição – a escola – que deve encontrar na ética e na estética os seus pilares fundamentais.
Isabel Bernardo
Temos responsabilidade moral na erradicação da pobreza? Uma resposta do altruísmo eficaz.
Construído sobre um roteiro digital no Google Earth, com este dispositivo didático procurou-se colocar os alunos a refletir sobre a possibilidade de contribuirmos para a erradicação da pobreza através de uma ação fundamentada nos princípios.
Sessão 4 | 28 de novembro de 2022 | 21h00
José Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas e Orlanda Tavares
Os limites da liberdade de expressão na arte – A arte é um domínio bastante protegido no que se refere à liberdade de expressão. Presume-se que nela, pela sua própria natureza crítica e criativa, o contraste com a opinião estabelecida é fácil de ocorrer, mas pode ser também enriquecedor do debate que se deseja em democracia. Importa, no entanto, averiguar se a liberdade de expressão na arte deve ou não conhecer limites, isto é, se essa espécie de regime de exceção aplicado às obras de arte deve ou não ser absoluto, e porquê. São então estas as questões em análise:
– Existirão boas razões para que determinadas obras de arte estejam imunes à censura apenas porque são obras de arte ou artefactos concebidos por artistas de renome?
– A existirem boas razões para se traçar um limite à liberdade de expressão na arte, onde traçar esse limite?
A nossa proposta didática passa pela análise de vários casos em que a publicação/exposição de determinadas obras de arte não foi consensual, avaliando-se aí as razões das partes em confronto. Procurar-se-á, desse modo, esclarecer as questões em análise.
Palestrantes
Ana Isabel Antunes é licenciada em Filosofia (Ramo Educacional) e Mestre em Ensino de Filosofia no Ensino Secundário, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Professora no ensino secundário e Coordenadora da Estratégia de Educação para a Cidadania.
Catarina Pires é licenciada em Filosofia, Ramo Educacional, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Professora de Filosofia no ensino secundário desde 1997. Atualmente a exercer funções na Escola Secundária Marquesa de Alorna (Almeirim). Coautora de projetos pedagógicos nas áreas da Filosofia e da Psicologia desde 2005. Autora dos recentes projetos pedagógicos de Filosofia Ponto de Fuga 10 e Ponto de Fuga 11, da Areal Editores.
Fernanda Botelho é professora da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Real. Licenciada pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 1995, concluiu o Mestrado em Ciências da Educação, na especialização de Supervisão Pedagógica, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro em 2015.
Isabel Bernardo é professora na Escola Secundária Lima-de-Faria, em Cantanhede. Licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tem uma pós-graduação em Gestão de Bibliotecas Escolares pela Universidade Aberta. É coautora de um manual escolar. Tem dado formação de professores em didática da filosofia, educação e formação de adultos, bibliotecas escolares, competências digitais, introdução de dispositivos móveis na educação e autonomia e flexibilidade curricular. Dinamizadora do projeto “Literacias na escola: formar os parceiros da biblioteca” do qual faz parte “O aprendiz de investigador” (aprendizinvestigador.pt).
José Borges é licenciado em Filosofia e autor de manuais escolares desde 2004, tendo publicado outras obras de carácter filosófico e literário. Atualmente, é professor do ensino secundário.
Marta Paiva é licenciada em Filosofia e autora de manuais escolares desde 2004. Atualmente, é professora do ensino secundário.
Nuno Fadigas é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e mestre e doutor em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É formador de professores na área da Filosofia e leciona atualmente no ensino secundário.
Orlanda Tavares é licenciada em Filosofia, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e mestre e doutora em Ciências da Educação, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação desta universidade. É investigadora e, desde 2004, autora de manuais escolares de Filosofia.

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